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Noções basicas: como cuidar do bebe prematuro

Bebê prematuro

Todo mundo torce para o bebê nascer no tempo certo, depois dos nove meses regulamentares. Mas, mesmo com toda a tecnologia da medicina atual, cerca de 7% dos bebês ainda nascem antes do tempo, ou seja, antes da gestação completar 37 semanas. A boa notícia é que a imensa maioria deles leva uma vida normal, sem nenhuma sequela.

Veja aqui como cuidar do seu bebê prematuro e saiba como seu papel é importante na preservação da saúde e do bem-estar do seu filho.

Artigos

Bronquiolite (0 a 1 ano)

O médico disse que meu bebê está com bronquiolite. Isto é grave?

Inicialmente, resfriados parecem algo relativamente simples de tratar. Mas há muitas versões sobre o tema, e a bronquiolite é uma delas. A doença decorre através da inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada pelo vírus, isso é bastante agravado pelo acúmulo de muco. Dificultando a passagem do ar, que causa os sintomas parecidos com os da asma.

Um dos motivo da causa da doença é um vírus chamado sincicial respiratório (VSR), que provoca laringite, infecções de ouvido e até pneumonia. Outros vírus também podem causar bronquiolite, como o rinovírus (do resfriado comum).

Pesquisas realizadas indicaram que os bebês infectados por esse tipo de vírus pode ficar mais suscetíveis à asma e a outros problemas respiratórios futuramente, mas isso não totalmente estabelecido. Normalmente, a bronquiolite se inicia com alguns sintomas de resfriado, e para muitas crianças o vírus acaba não tendo maior impacto do que isso.

Já para outras, no entanto, os sintomas são mais leves, tais como: nariz escorrendo, tosse e febre baixa. Isso acabam se agravando e levando as crianças a terem uma grande dificuldade na respiração, Também podendo apresentar chiados no peito.

Como agir se o bebê estiver com o vírus?

Da mesma forma que o resfriado comum, não há como se isentar de contrair a a doença, mais existe medidas simples para amenizar o desconforto do bebê.

Atenção:

Não de medicamentos para resfriado por conta própria. O uso de remédios sem a intervenção médica pode agravar ainda mais a situação, Alem dos seus efeitos colaterais graves.

Em 2007, a agência dos Estados Unidos que regulamenta remédios e alimentos no país (FDA) emitiu um alerta para que crianças menores de 2 anos nunca tomem remédios para resfriado, a menos que seja prescrito pelo médico, e os próprios laboratórios farmacêuticos alertaram recentemente que é preciso cuidado especial com esse tipo de remédio para crianças de menos de 4 anos.

Como saber se meu filho está bronquiolite e não só um simples resfriado?

Ficar atento aos sinais de sintomas de resfriados que podem-se agravar tais como: dificuldade respiratória e tosses, se você não souber se seu bebê corre o risco de complicações, o mais correto a fazer é procurar ajuda médica para sanar as duvidas. Esteja sempre atento a possíveis sinais de problemas respiratórios e procure sempre o pediatra.

Há como prevenir a bronquiolite?

O vírus é transmitido através de contato físico, ou seja, circula facilmente em ambientes fechados, berçários, escritórios e até dentro de casa. Ele pode sobreviver por seis horas, então a boa higiene é fundamental para combatê-lo. Lave suas mãos e a das crianças com frequência, e não tenha vergonha de pedir às visitas para que façam o mesmo antes de segurar o bebê.

Não tenha o hábito de compartilhar copos ou talheres com seu filho ou mesmo entre as crianças da família. Um irmão mais velho com sintomas de resfriado pode transmitir o vírus para o bebê.

Muitos médicos recomendam ainda que os bebês tomem a vacina da gripe anualmente, já a partir dos 6 meses de idade. Esta vacina não faz parte do calendário oficial de imunizações do governo brasileiro, portanto é paga e tem que ser tomada em clínicas privadas.

No caso de prematuros ou bebês mais vulneráveis à doença, como crianças com problemas no coração ou doenças pulmonares, o pediatra pode receitar alguns medicamentos feitos com anticorpos sintetizados em laboratório, que protegem contra um dos vírus que causam a bronquiolite, o VSR.

Mas é um tratamento extremamente caro, feito com injeções mensais durante os cinco meses de maior incidência do vírus, e fica reservado apenas para casos especiais.

Posso amamentar meu filho que nasceu prematuro?

Sim, é possível amamentar prematuros. Aliás, os prematuros são os bebês que mais se beneficiam do leite materno, pois ele ajuda a protegê-los de infecções. Para a maioria dos prematuros, mamar no peito é um aprendizado gradativo, que pode ser lento. Tudo vai depender do tamanho do bebê e de seu estado geral de saúde.

No começo, pode ser que o bebê não tenha força suficiente para sugar o seio. Ele vai precisar de tempo para que sua capacidade de sucção e de digestão terminem de se desenvolver. É possível também que a criança fique muito cansada ao mamar. Mesmo que o bebê não consiga mamar por conta própria, você pode tirar seu leite com uma bombinha ou com a mão mesmo.

Procure saber se há um banco de leite na maternidade ou perto dela. Muitas vezes, profissionais do banco de leite orientam as mães de prematuros a ordenhar o leite com frequência para firmar a produção, para quando o bebê já for capaz de mamar sozinho. A estratégia é duplamente benéfica: o leite ordenhado é doado a bebês, muitas vezes prematuros também, cujas mães por algum motivo não puderam ordenhar. E, quando seu filho estiver forte o bastante para mamar, você vai ter bem menos dificuldade de produzir leite para ele.

O que acontece depois que o bebê nasce?

O bebê prematuro não teve tempo, dentro da barriga, de armazenar uma boa camada de gordura para nascer com uma “reserva” de energia. Isso quer dizer que ele precisa se alimentar logo depois de nascer, e a intervalos pequenos. Crianças que nascem no tempo certo podem ficar sem mamar grandes volumes, por conta da reserva calórica, e por isso nos primeiros dias perdem até 10 por cento do peso com que nasceram.

O prematuro às vezes não pode se dar a esse luxo. Quanto mais prematuro o bebê for, maior é a probabilidade de você não conseguir produzir leite logo de cara para suprir todas as necessidades dele. Não se desespere, porque isso é esperado. A culpa não é sua, e sim dos hormônios. Procure orientação na maternidade sobre como estimular seus seios a produzir leite. Enquanto isso, é possível que o bebê precise receber algum tipo de alimentação parenteral (pela veia), e depois passe a tomar leite humano doado (vindo do banco de leite) ou então fórmula artificial de leite especial para prematuros.

Por onde começar?

Mesmo que o bebê não esteja com você no quarto da maternidade, você precisa pensar logo de cara na amamentação, que vai ser essencial para que ele se desenvolva forte e longe de doenças. O primeiro passo é ordenhar o colostro, aquele primeiro leite meio transparente e viscoso que sai do seio.

O ideal é que isso seja feito nas primeiras 24 horas depois do parto.Os profissionais de enfermagem e as obstetrizes da maternidade poderão ajudá-la a descobrir como bombear o leite. A ordenha pode ser feita com as mãos ou com uma bombinha (manual ou elétrica). Não tenha vergonha de procurar ajuda. Pode ser que você só “pegue” o movimento olhando alguém fazer.

Faça a ordenha com frequência, de seis a oito vezes por dia. No começo não vai sair quase nada, mas não desista. Olhar para uma foto do seu filho pode ajudar na produção do leite. Tente não ficar mais de seis horas sem tirar o leite. Quanto mais regulares forem as ordenhas, maior será a produção. Logo você estará craque na operação e será uma ávida frequentadora do banco de leite. Existem bombinhas elétricas que conseguem tirar o leite dos dois seios ao mesmo tempo! Quanto mais você ordenhar, mais leite vai produzir.

O leite materno é imprescindível para o prematuro?

Mesmo que você por algum motivo não amamente, o hospital vai fazer o máximo para que seu bebê receba leite humano, usando um banco de leite, por exemplo, já que o leite materno contém ingredientes que não existem em nenhum outro produto. Ele fornece ao bebê, por exemplo, os chamados fatores do crescimento, que ajudam o sistema digestivo a amadurecer.

Além disso, é riquíssimo em anticorpos, que protegem o bebê de infecções causadas por vírus e bactérias. Para prematuros, isso é muito importante, porque esses bebês são especialmente vulneráveis a doenças, já que não tiveram tempo de receber grande parte da carga de anticorpos que passam da mãe para as crianças nas últimas semanas da gravidez.

O bebê digere melhor o leite materno que a fórmula artificial. Bebês prematuros que tomam leite materno têm uma probabilidade bem menor de apresentar problemas digestivos graves. Há também algumas provas científicas de que o aleitamento contribua para o desenvolvimento do cérebro dos prematuros. Sem contar, claro, o contato e a intimidade que a amamentação proporcionam à mãe e à criança. Vale fazer um esforço, porque, além de tudo, amamentar vai fazer bem para você.

A ocitocina, hormônio que é estimulado com a amamentação, dá uma sensação de bem-estar, e a produção de leite ajuda você a perder os quilos da gravidez mais rápido.

Para completar, é uma oportunidade de você sentir que está fazendo alguma coisa de verdade para ajudar o seu filho, numa situação em que é comum se sentir impotente.

Mas meu filho ainda nem pode mamar! O que faço?

Você pode perguntar aos médicos se a unidade de tratamento dispõe do método canguru, que permite que o bebê fique coladinho em você, aproveitando o contato com sua pele. Essa proximidade estimula o seu organismo a produzir anticorpos que irão para o leite materno, além de incentivar a própria produção de leite.

Também existe a possibilidade de você ajudar o bebê a treinar o movimento de sucção, oferecendo a ele seu peito vazio, depois de ordenhado o leite, antes ou durante a alimentação dele por sonda. O seio estaria sendo usado nesse caso como uma “chupeta natural”. Pesquisas já mostraram que as chupetas podem ser benéficas para a saúde e o desenvolvimento de prematuros. Usando o seio no lugar delas, cai o risco de haver interferência na amamentação.

Vai chegar o momento de você finalmente poder oferecer o seio ao bebê. No começo, pode ser que ele tome só umas gotinhas, ou só lamba para sentir o gosto do leite. Prematuros ficam cansados rápido, por isso não desanime se as primeiras sessões de amamentação não derem muito certo. Vocês dois vão precisar de prática e muita calma para pegar o jeito da amamentação.

Caso o bebê tenha dificuldade em pegar o seio, você pode discutir com a equipe a idéia de dar o seu leite com um copinho ou uma mamadeira, mas sempre oferecendo o seio o máximo possível. Converse com os profissionais do hospital e do banco de leite, pois eles têm bastante experiência e podem ajudá-la.

Pode acontecer de você não confiar na sua capacidade de amamentar. Dê uma chance, vá experimentando aos poucos, ou então estabeleça para si mesma um prazo pequeno, de um mês, por exemplo. Veja como as coisas caminham. Mesmo que decida parar de amamentar, o pouco de leite materno que seu filho tiver recebido já será extremamente benéfico para ele.

O bebê na UTI

Quando as coisas não correm como o previsto, pais e mães são obrigados a tirar forças sabe-se lá de onde para superar as dificuldades. A vida do bebê internado na UTI neonatal é cheia de altos e baixos. São pequenas vitórias e revezes inesperados, seguidos de novas conquistas, enquanto não chega o grande dia: voltar para casa forte e saudável nos braços dos pais.

As sugestões abaixo se baseiam nas orientações da entidade norte-americana March of Dimes, que desde 1938 se dedica ao bem-estar dos recém-nascidos e ao combate à prematuridade.

Não tente ser durona; permita-se chorar

Você tem todo o direito de estar triste e preocupada, e as mudanças hormonais do pós-parto colaboram mais ainda para que a vontade de chorar venha com tudo. Aproveite o colo mais próximo. Se não quiser preocupar mais seu parceiro, ou alguém da sua família, recorra a uma pessoa um pouco menos envolvida, como uma amiga ou amigo. Quem sabe você fique mais leve para continuar dando força ao seu companheiro.

Informe-se sobre a saúde do bebê

Aproxime-se do pessoal que trabalha no centro de tratamento intensivo e não tenha medo de fazer perguntas. Entendendo melhor a situação do bebê, você vai se sentir menos excluída, e além disso vai poder fiscalizar e auxiliar o trabalho dos médicos e enfermeiros. Eles podem até parecer meio “frios” porque lidam com aquele tipo de situação todos os dias, mas no final das contas o objetivo deles é exatamente o mesmo que o seu: fazer com que seu bebê volte saudável para casa.

Na hora de ouvir as explicações, pode ser útil levar outra pessoa, para ajudar a processar toda a informação. Anote durante o dia as perguntas que forem lhe ocorrendo, para não esquecer de fazê-las ao médico na hora da visita.

Participe dos cuidados

Deixe bem claro que você quer pôr a mão na massa para ajudar a cuidar do seu filho: pegar o bebê no colo, dar banho, dar de mamar assim que possível, experimentar o sistema “canguru”. A interação com os pais é benéfica para a criança, e os profissionais do hospital sabem disso.Se você é mãe de primeira viagem, lembre-se de que é 100 % normal achar que não vai saber fazer as coisas direito. Mesmo que já tenha filhos, o ambiente da UTI é tão diferente e de certa forma assustador que não é de surpreender que você fique insegura. Peça ajuda aos enfermeiros que tudo vai dar certo.

Crie uma rotina

Procure encontrar uma maneira de coordenar a vida em casa e as visitas ao hospital. Permita-se ir para casa descansar um pouco. Seu bebê precisa de você, mas também é importante que você se cuide, faça companhia a seu parceiro e aos outros filhos, se tiver. Até a sua produção de leite pode se beneficiar disso.

O descanso é fundamental porque não dá para saber quanto tempo a maratona de UTI vai durar, e a família acaba ficando emocionalmente esgotada, o que só agrava a situação. Também é bom tentar fazer alguma coisa que goste, como ler, sentar para assistir a um programa de TV ou filme, ou fazer exercícios adequados para o pós-parto. Quem sabe uma caminhada leve no parque ou na praia? Não é questão de se divertir. Sabemos que seu coração vai continuar lá no hospital. É questão de arejar a cabeça. Assim você vai ficar mais forte para acompanhar a jornada do seu bebê até a esperada alta.

Converse com outros pais

Os pais que esperam com você o horário de visitas no centro de tratamento intensivo sabem exatamente pelo que sua família está passando. Troque idéias com eles, faça amizades. Será bom para todos. Vocês podem, por exemplo, fazer favores uns aos outros — buscar uma comida, dar uma carona, passar um recado para alguém. É sempre bom ter aliados no ambiente da UTI. Você também vai acabar conhecendo as crianças internadas e acompanhar as histórias delas — e, tomara, vibrar com cada vitória.

Busque algum conforto

Pergunte se no hospital não há um serviço de psicologia. Ele pode ser de grande ajudar para você e sua família enfrentar a situação. São profissionais treinados para lidar com toda a ansiedade e preocupação dessa hora. É normal questionar a fé nessas situações, por isso muitas pessoas se sentem desconfortáveis de pedir ajuda a um líder espiritual desse tipo. Mas não é preciso adotar nenhum preceito de uma religião formal.

Talvez você se sinta melhor só de reservar um tempo para si mesma, para pensar, mentalizar, meditar, sejam quais forem suas crenças. Os hospitais costumam ter uma capela ou um local tranquilo, ecumênico, de meditação. Fuja para lá se precisar ficar um pouco quietinha, ou se quiser se concentrar e mandar boas energias para o bebê. Se achar que isso vai te ajudar, converse com o pastor, o padre, o rabino ou qualquer outra pessoa que lhe inspire confiança e paz.

Permita-se ter orgulho do seu filho

É claro que acima de tudo você vai estar preocupada com a saúde do bebê. Mas procure documentar estes primeiros momentos. Daqui a algum tempo, a experiência do hospital vai parecer uma lembrança distante, e você vai gostar de ter as fotos dessa fase. Além disso, você tem direito de se alegrar com o nascimento do seu filho. Pode não ter sido exatamente como você imaginou, mas, mesmo com os tubos e aparelhos, ou sendo bem pequenininho, ele é lindo!

Crie um cantinho especial

Pergunte às enfermeiras e enfermeiros do centro de tratamento intensivo o que você pode fazer para personalizar o cantinho do seu bebê. Dá para colar fotos da família perto dele, por exemplo, ou até levar algum bonequinho, se os médicos aprovarem. Assim o hospital fica um pouco menos impessoal.

Aceite ajuda

A rotina de ir e vir do hospital é cansativa. Nem sempre há o que comer, e as despesas com condução ou estacionamento começam a se acumular. Fora as tarefas da casa, que ficam muito em segundo plano. Quando alguém demonstrar que quer ajudar, aceite. Você pode até especificar alguma coisa, como pedir para a pessoa trazer um lanche, fazer companhia, dar uma carona. Informe-se na maternidade ou no hospital se há algum esquema de apoio aos pais. Às vezes há facilidades como desconto ou isenção de estacionamento, locais para fazer refeições, apoio psicológico etc.

Caso tenha outros filhos em casa, será imprescindível recorrer a familiares e amigos. As pessoas que gostam de você vão se sentir melhor de poder oferecer uma ajuda concreta nestes momentos difíceis. Você terá inúmeras oportunidades de retribuir todo o apoio quando voltar à rotina.

Não se culpe de dar mais atenção a um bebê que a outro

Se você tem mais de um bebê internado, é compreensível que às vezes precise ficar mais perto de um que do outro (ou outros). Vá tentando conhecer cada um dos seus filhos aos poucos, e, se um dia sentir que precisa dar mais carinho para um, faça isso sem culpa. Peça a outra pessoa que ajude a fazer companhia ao(s) outro(s).

O que perguntar aos médicos da UTI

É importante que você compreenda o que está acontecendo com a saúde do seu bebê, não só para acompanhar o progresso dele, mas também para dar sua opinião, fiscalizar o trabalho da equipe, colaborar com os médicos e enfermeiros e defender os interesses do seu filho. As orientações abaixo foram baseadas em conselhos da entidade March of Dimes, criada em 1938 nos Estados Unidos para promover a saúde de recém-nascidos.

Pergunte

É normal ter perguntas e mais perguntas na cabeça sobre o estado do bebê prematuro e sobre tudo o que vai acontecer com ele. Mas nem todas as pessoas gostam de ouvir toda a informação de uma vez só. Às vezes pode ser benéfico ir sabendo dos detalhes aos poucos, para conseguir processar tudo. Pode ser que você tenha que fazer as perguntas mais de uma vez. Ou porque não entendeu as respostas da primeira vez (o que é compreensível, porque às vezes os assuntos são complicados e sua cabeça está cheia), ou porque simplesmente não existem respostas definitivas.

Use sua curiosidade como guia. Vá anotando as perguntas que tiver, e corra atrás das respostas quando achar que está pronta para isso. Você pode fazer anotações enquanto o médico explica, para rever as respostas depois. Ou pode convidar alguém para ouvir as explicações com você, porque com quatro ouvidos atentos há menos chance de detalhes importantes escaparem. Procure concentrar suas perguntas num profissional específico, de preferência o neonatologista diretamente envolvido no cuidado com o bebê.

No centro de tratamento intensivo, você vai ter contato com vários profissionais, entre enfermeiros, auxiliares, plantonistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros especialistas. Se for perguntar tudo a todos, talvez fique zonza com tanta informação.

O que deve-se perguntar ao médico?

Faça parte da equipe médica

De cara, tenha como seu grande objetivo manter um ótimo relacionamento com a equipe do centro de tratamento intensivo. Com o tempo, ao passo que vai conhecendo os médicos e enfermeiros, você vai se sentir mais à vontade para falar com eles, expor suas dúvidas e dar sugestões. Peça a eles que a mantenham sempre informada sobre o estado do bebê.

Deixe claro que você e seu companheiro querem ser ouvidos se houver decisões importantes sobre o tratamento. Afinal de contas, vocês e a equipe médica têm o mesmo objetivo: deixar seu filho forte e saudável para ir logo para casa.

Prepare-se para a sensação de incerteza

Há certas coisas que são difíceis de ouvir. Mas pode ser ainda pior não saber o que esperar. Procure sentir o que a deixa mais tranquila. Há pessoas que preferem saber todos os detalhes do problema, que estudam as doenças e acabam se tornando experts no assunto. Já outras ficam assustadas com informação demais e preferem confiar apenas no que o médico lhes diz.

O certo é que, no dia-a-dia do CTI, sempre pode haver uma surpresa, agradável ou não. Comemore as pequenas vitórias, e esteja preparada para, a cada dois passos avançados, recuar um. O importante é que, no final das contas, o bebê continue caminhando para a grande meta: ter alta.