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Diferença entre fimose fisiológica e patológica.

É natural os bebês do sexo masculino nascerem com um dos dois tipos de fimose existentes: a fisiológica, que se resolve naturalmente até os 3 anos de idade, e a verdadeira ou patológica, que está associada a quadros infecciosos. Mesmo sendo normais entre os recém-nascidos, é sempre importante buscar a ajuda de um especialista, ou seja, urologista pediátrico que saberá identificar o melhor tratamento, evitando complicações, como as graves infecções.

Pesquisas apontam que passados os primeiros seis meses de vida o número dos bebês com fimose tende a diminuir em 70%. Até os 3 anos, a tendência é que esse percentual caia ainda mais e que 90% dessas crianças estejam livres desse incômodo.

Atualmente, a boa notícia é que tratamentos clínicos, acompanhados pelo médico, com pomadas à base de corticosteróides, têm atingido excelentes resultados e evitado inúmeras cirurgias.

Entretanto, há alguns casos em que a cirurgia – postectomia – se faz necessária.
O que é exatamente a fimose?

Fimose é uma situação onde na extremidade da pele peniana, conhecida como prepúcio, existe um anel fibroso, inelástico, que impede a exposição da glande, que é a cabeça do pênis. Este anel impede a higiene completa e, ao longo do tempo, a criança começa a ter acúmulo de secreções na parte interna do prepúcio, o que pode acarretar irritação. A contínua presença de urina deixa aquela pele muito ácida, isso pode causar inflamações sucessivas, que chamamos de balanopostites de repetição. Se a criança tiver alguma patologia, pode aumentar o risco de infecção urinária.

Como saber se o bebê tem fimose?

Toda criança, do sexo masculino, nasce com essa pele grudada no pênis, o que pode ser chamado também de aderência que tende a se desfazer, porém a que não se desfaz é justamente o anel da fimose, e é por isso que esses pacientes precisam ser tratados. O urologista pediátrico, ao examinar, detecta o que chamamos de fimose verdadeira, ou seja, a presença de um anel que não vai se expor e as aderências, também conhecida como fimose fisiológica, que desaparecem facilmente.

Quais são as maneiras de eliminar esse problema?

Se existe de fato a fimose verdadeira não devemos fazer massagens, nem manipulações. O indicado é deixar esse prepúcio em repouso. A medida que a criança vai crescendo, com avaliação médica, é possível utilizar algumas pomadas à base de corticosteróides, para deixar a pele mais fina, e acelerar o processo de dilatação do prepúcio. É importante lembrar que não existem maneiras de eliminar o problema, mas formas de identificar aqueles que vão ter benefício no tratamento clínico, à base de pomadas, e aqueles que vão ser tratados com cirurgia – postectomia.

O que é a fimose fisiológica? Como tratá-la?

A fimose fisiológica são as aderências naturais. Este tipo de fimose pode ser tratado com as massagens, feitas principalmente no banho, momento em que, devido ao calor, a pele fica mais adelgaçada, porém nesses casos é comum a própria natureza fazer esse descolamento, em 90% dos casos.

Qual a melhor idade para tratar a fimose na criança?

Geralmente quando o menino tem balanopostite – inflamações recorrentes –, a fimose deve ser tratada imediatamente, para evitar os processos inflamatórios repetitivos. Caso contrário, podemos deixar que essa pele proteja a glande durante a fase das fraldas e a cirurgia pode ser feita ao final do primeiro ano ou aos 2 anos de idade, quando a criança começa a sair da fralda. Se ela tiver infecções ou inflamações, ainda no período das fraldas, então a cirurgia não deve ser adiada.

Massagear o pênis é uma forma de tratamento indicado?

É necessário que um urologista pediátrico identifique a situação. Essa manobra é indicada somente nos casos de fimose fisiológica. Na patológica, onde há a presença dos anéis, é proibitivo, pois pode acarretar uma série de fissuras, rasgosna pele, cronificando a fimose.

Em quais casos deve-se recorrer à correção cirúrgica?

Nos casos de fimose verdadeira, em que pela, intensidade do anel, se acredita não ter sucesso com tratamento conservador, quando há as inflamações balanospostites, e também se a criança nasce com outra má formação do trato urinário, em que aquela pele do prepúcio pode ser a porta de entrada para uma infecção mais séria.

Como é realizada a postectomia? Há riscos de saúde para o menino?

A postectomia é uma cirurgia simples, feita em aproximadamente 30 a 40 minutos. Existem diversas técnicas, mas não causa nenhum tipo de risco à criança. É uma cirurgia feita em regime ambulatorial, normalmente a internação é feita uma hora antes do procedimento e após o término o paciente fica por volta de quatro a cinco horas em observação.

Como é a recuperação?

A recuperação é rápida, dois ou três dias. É comum a região da cabeça do pênis ficar com aspecto mais sensível e avermelhado, entretanto o risco de infecção é mínimo.

 

Quais problemas geram a fimose não tratada?

Os problemas recorrentes da fimose são exatamente a cronificação, a dor, infecções generalizadas na região, inflamações, e, na idade adulta, desconforto nas relações sexuais.

A fimose prejudica no desenvolvimento do pênis ou no desempenho sexual do portador?

Pode prejudicar na eficiência do desenvolvimento sexual do indivíduo, com dores e desconforto, e também impedir o prazer, mas não traz grandes influências no crescimento.

A fimose acarreta algum incômodo na hora do xixi?

Sem dúvida, pois a região está machucada e inflamada. Nesses casos é preciso procurar orientação médica. Mas minha experiência mostra que quando a situação chega na dor ao urinar a cirurgia é o caminho mais indicado. Mesmo assim, cada caso é um caso e, portanto, só o médico poderá avaliar.

Como a mamãe deve higienizar o pênis do bebê?

Deve ser feita da forma habitual, lembrando que a massagem nos casos de fimose muito grave não deve ser feita, pois pode traumatizar. Procure sempre a orientação médica para tratar da forma adequada.

 

Tipos de fimose